quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Que coisa, né gente?!"

Existem expressões que são tão comuns, como respirar, tão imperceptíveis quanto um fechar palpebral ou mesmo usadas como um ponto final de uma frase...Uma delas: "como diz o outro...". Que outro? Quem é esse infame que tem opinião sobre tudo e chama-se OUTRO? Outra delas: "Dizem...", talvez um diminutivo de "dizem as más línguas" ou mesmo novamente a presença do famigerado OUTRO. Tudo o que falamos precisa de reflexão, precisa que não repitamos o que todos repetem...Um personagem de novela, todos repetem, e fazem em tom de piada, mas pra mim não é piada copiar algo tão escroto quanto telenovela...Sou único e o lugar comum é um local onde o OUTRO vive e não o EU. A nossa individualidade precisa ser raciocinada, precisa ser fruto de pensar sem absorver simplesmente, senão não sou EU, é o OUTRO. Senão somos igual a qualquer um, igual a OUTROS...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

MALHA DE FIAÇÃO VIRTUAL

Que coisa maluca é esta intrincada fiação global...Caiu na net é peixe e tá morto. Tem coisas que facilitam nossa vida, fazem-nos dependendes do teclado. Porém, até tu achar um caminho viável pra uma coisa, leva tempo...Este é o SARRAFO NONSENSE, fruto de um rolo de fiação, de uma gestação complicada e um parto de risco. Porém, com uma apresentação simples, com um objetivo único e direto: PROTESTO! Protestar sem muito o que reinvindicar, sem reinvindicação concreta, mesmo porque a reinvindicação minha pode ser a paz do outro...Mas tenho o direito de reinvindicar algo e o SARRAFO NONSENSE é essa expressão, a vontade de estar livre, de detonar a cabeça do caretão e do maluco também, de colocar uma pulga atrás de sua orelha e de matar esta pulga com um veneno potente...Religião?? Se isto é um conjunto de normas em torno de um astro, nosso astro já morreu e foi de overdose...Virou Gasparzinho, o deuzinho camarada...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Um cadáver chamado neoliberalismo

Um espectro ronda o mundo. o espectro daquele que foi um dia o poderoso neoliberalismo. Junto dele, seus fantasmas que o pariram nesta ópera-bufa e macabra: o laissez-faire e a especulação financeira desmedida, desregulamentada e sem fiscalização pelo Estado.
O Estado tão odiado pelos vassalos do Deu$-mercado, agora é o porto seguro, o esteio em que tentam se amparar os até uma quinzena de dias atrás, defensores da inciativa privada e praticantes da orgia financeira.

O governo dos EUA derrama bilhões de dólares pra salvar os quebrados bancos; As bolsas oscilam, os economistas da mídia corporativa suam...será o fim de uma era tão rentável? Será o fim do carnaval financeiro que agora se desdobra num grande funeral globalizado, em que os suicidas do mercado procuram arrastar o mundo inteiro para o seu abismo infernal?

Alguns falam em uma espécie bizarra de "novo socialismo", cuja socialização dos prejuízos dos ricos deve ser estendida á toda sociedade mundial. Muito conveniente, não?
A produção e acumulação de riqueza é volátil e abstrata nas finanças globalizadas. É tudo papel!

De pires na mão, os outrora arrogantes defensores do estado mínimo tais como filhinhos de papai rebeldes, voltam pra casa do papai-Estado com uma mão na frente e outra atrás. Gastaram toda mesada dada pelo Papai-Estado. Se meteram numa roubada, como a de ser expulso de um motel com a namorada por não pagar, e parar numa delegacia. Aí então o playboy neoliberal liga do celular pro detestável papai e pede pra pagar sua fiança para que seja solto.

Este exemplo de ambivalência edipiana, faz com que se confirme que pelo ponto de vista da economia política, a globalização agoniza como teoria e agora como prática. Os "Chicago boys" experimentam o gosto do fracasso. Esta é queda do seu muro, o seu 11 de setembro particular.

"Uma esmolinha, pelo amor de Deus!"

Agora, é só botar o defunto no caixão e sepultá-lo. Entretanto, é preciso ter certeza de que esteja morto e não retorne a vida tal como um zumbi.
O neoliberalismo é um cadáver fresquinho que ainda será necrofiliado por seus idólatras, viverá em suas mentes como nostalgia daqueles dias em que lucraram sem interferência do Estado, daqueles dias ensolarados em Cayman; e perecerão tão logo as brumas se dissipem e o fogo fátuo do cadáver neoliberal se fazer perceber num túmulo do cemitério da história.