terça-feira, 30 de setembro de 2008

MALHA DE FIAÇÃO VIRTUAL

Que coisa maluca é esta intrincada fiação global...Caiu na net é peixe e tá morto. Tem coisas que facilitam nossa vida, fazem-nos dependendes do teclado. Porém, até tu achar um caminho viável pra uma coisa, leva tempo...Este é o SARRAFO NONSENSE, fruto de um rolo de fiação, de uma gestação complicada e um parto de risco. Porém, com uma apresentação simples, com um objetivo único e direto: PROTESTO! Protestar sem muito o que reinvindicar, sem reinvindicação concreta, mesmo porque a reinvindicação minha pode ser a paz do outro...Mas tenho o direito de reinvindicar algo e o SARRAFO NONSENSE é essa expressão, a vontade de estar livre, de detonar a cabeça do caretão e do maluco também, de colocar uma pulga atrás de sua orelha e de matar esta pulga com um veneno potente...Religião?? Se isto é um conjunto de normas em torno de um astro, nosso astro já morreu e foi de overdose...Virou Gasparzinho, o deuzinho camarada...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Um cadáver chamado neoliberalismo

Um espectro ronda o mundo. o espectro daquele que foi um dia o poderoso neoliberalismo. Junto dele, seus fantasmas que o pariram nesta ópera-bufa e macabra: o laissez-faire e a especulação financeira desmedida, desregulamentada e sem fiscalização pelo Estado.
O Estado tão odiado pelos vassalos do Deu$-mercado, agora é o porto seguro, o esteio em que tentam se amparar os até uma quinzena de dias atrás, defensores da inciativa privada e praticantes da orgia financeira.

O governo dos EUA derrama bilhões de dólares pra salvar os quebrados bancos; As bolsas oscilam, os economistas da mídia corporativa suam...será o fim de uma era tão rentável? Será o fim do carnaval financeiro que agora se desdobra num grande funeral globalizado, em que os suicidas do mercado procuram arrastar o mundo inteiro para o seu abismo infernal?

Alguns falam em uma espécie bizarra de "novo socialismo", cuja socialização dos prejuízos dos ricos deve ser estendida á toda sociedade mundial. Muito conveniente, não?
A produção e acumulação de riqueza é volátil e abstrata nas finanças globalizadas. É tudo papel!

De pires na mão, os outrora arrogantes defensores do estado mínimo tais como filhinhos de papai rebeldes, voltam pra casa do papai-Estado com uma mão na frente e outra atrás. Gastaram toda mesada dada pelo Papai-Estado. Se meteram numa roubada, como a de ser expulso de um motel com a namorada por não pagar, e parar numa delegacia. Aí então o playboy neoliberal liga do celular pro detestável papai e pede pra pagar sua fiança para que seja solto.

Este exemplo de ambivalência edipiana, faz com que se confirme que pelo ponto de vista da economia política, a globalização agoniza como teoria e agora como prática. Os "Chicago boys" experimentam o gosto do fracasso. Esta é queda do seu muro, o seu 11 de setembro particular.

"Uma esmolinha, pelo amor de Deus!"

Agora, é só botar o defunto no caixão e sepultá-lo. Entretanto, é preciso ter certeza de que esteja morto e não retorne a vida tal como um zumbi.
O neoliberalismo é um cadáver fresquinho que ainda será necrofiliado por seus idólatras, viverá em suas mentes como nostalgia daqueles dias em que lucraram sem interferência do Estado, daqueles dias ensolarados em Cayman; e perecerão tão logo as brumas se dissipem e o fogo fátuo do cadáver neoliberal se fazer perceber num túmulo do cemitério da história.